Não é preciso ser economista para perceber que muitas pessoas continuam pessimistas e cautelosas em relação às perspectivas econômicas. Mas, entretanto, índices de ações como o S&P 500 atingiram novos máximos históricos. E a cada novo recorde, um novo coro começa: “isso deve ser o pico” ou “uma queda está chegando”.
É um medo natural. Afinal, fomos ensinados que os mercados são cíclicos. Um gráfico em alta inspira ganância em alguns, mas medo em muitos, o medo de ficar preso lá no alto quando o chão desabar.
No entanto, há momentos em que o mundo não é tão ciclicamente previsível. Momentos em que as regras se dobram. Podemos estar vivendo um momento assim agora.
Os lucros das empresas continuam fortes. Apesar de toda a preocupação com a inflação e as taxas de juros, a base do mercado de ações, os lucros, continuam crescendo. As empresas não estão apenas se mantendo à tona. Elas estão se expandindo, inovando e, em muitos casos, prosperando. Nos últimos meses, analistas silenciosamente elevaram suas projeções — não por causa de exageros, mas porque os dados os obrigaram a isso.
A recessão, por enquanto, não chegou. Durante dois anos, as manchetes alertaram para uma recessão iminente nos EUA. No entanto, aqui estamos nós, com o emprego a permanecer elevado. Os consumidores, embora cautelosos, continuam a gastar. Os aviões estão cheios e os restaurantes estão lotados. Os pessimistas ainda não tiveram razão e, em economia, o timing é tudo.
A reintrodução de barreiras comerciais pelos EUA teria sido um verdadeiro problema para os mercados globais. Mas hoje as empresas são mais ágeis. As cadeias de abastecimento estão mais diversificadas e o comércio não se limita mais a dois gigantes, mas se estende por uma rede de nações. As tarifas podem reduzir ligeiramente o crescimento, mas ainda não tiveram um impacto significativo.
Também estamos vivendo um aumento na produtividade impulsionado pela tecnologia. A IA está fazendo o que as melhores tecnologias sempre fazem: ajudar as pessoas a fazer mais com menos.
Atendimento ao cliente, logística, design, medicina, tudo está sendo afetado e transformado por softwares inteligentes. Em centrais de atendimento, fábricas, escritórios de advocacia e hospitais, a IA está reduzindo o desperdício e economizando tempo. Isso significa mais produção por hora trabalhada. E, no longo prazo, a produtividade é o que torna uma economia mais rica.
Não se trata de histeria da era “ponto com” ou de um sonho febril com criptomoedas. É algo concreto, visível e já em andamento, que sustenta não apenas o setor de tecnologia, mas toda a pirâmide econômica que se encontra acima dele.
Mil pontos de dados podem nos dizer o que aconteceu ontem, mas investir é uma questão de futuro. E, se tirarmos todo o ruído, o quadro fica claro. As empresas estão indo bem, a economia está se mantendo firme e as novas tecnologias estão nos tornando mais produtivos.
É fácil ficar à margem, esperando o momento perfeito para investir. Mas, na verdade, os mercados recompensam a participação, não a perfeição. Eles recompensam aqueles que plantam sementes e esperam, não aqueles que ficam olhando para as nuvens.
O mundo não está acabando. Na verdade, pode estar ficando muito melhor, e isso é bom para os investidores.
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