Sem dúvida, a frase mais básica, mas provavelmente a mais importante, usada em investimentos é: “compre na baixa, venda na alta”. Essa frase destila a essência do investimento bem-sucedido em um princípio simples e de fácil digestão.

Em sua essência, essa estratégia sugere a compra de ativos quando seus preços estão baixos e a venda quando seus valores se valorizam. Parece fácil, certo?
Entretanto, a aplicação prática disso está longe de ser simples. Os investidores são seres humanos e enfrentam uma rede de complexidades psicológicas, econômicas e de mercado que tornam sua execução um desafio formidável para investidores profissionais e de varejo.

Os motivos dessa complexidade decorrem de fatores como o “medo de ficar de fora” (FOMO), a influência generalizada das emoções do investidor e as incertezas inerentes ao timing do mercado.

O FOMO é uma força poderosa nos mercados financeiros, impulsionado pela tendência humana de evitar perdas e pelo desejo de participar de oportunidades lucrativas que outros estão aproveitando. Quando os preços dos ativos começam a subir, os investidores geralmente compram ativos por medo de perder os ganhos potenciais, o que os leva a comprar a preços elevados em vez de esperar por um ponto de entrada mais oportuno e mais baixo. Por outro lado, quando os preços estão caindo, o mesmo medo pode obrigar os investidores a vender ativos para evitar mais perdas, muitas vezes em um momento em que deveriam estar pensando em comprar.

Esse comportamento reacionário é o oposto da estratégia “comprar na baixa, vender na alta”, mas é uma armadilha comum devido às respostas emocionais provocadas pela volatilidade do mercado.

As emoções dos investidores desempenham um papel importante ao tornar a estratégia “comprar na baixa, vender na alta” mais complicada do que parece. As tendências do mercado podem evocar um espectro de emoções que vai da ganância ao pânico, influenciando os processos de tomada de decisão. Quando os mercados sobem, a ganância pode levar à compra excessiva a preços altos, enquanto o pânico durante as quedas pode resultar na venda prematura de ativos que podem se recuperar. A dificuldade de manter a compostura emocional e a objetividade diante das oscilações do mercado não pode ser exagerada e ressalta por que muitos investidores lutam para aderir estritamente ao princípio de comprar na baixa e vender na alta.

Os investidores profissionais, apesar de sua experiência e acesso a ferramentas de análise sofisticadas, não estão imunes aos desafios que complicam a estratégia de “comprar na baixa e vender na alta”. A pressão para atingir metas de desempenho de curto prazo pode levar a comportamentos de tomada de risco que se desviam desse princípio. Além disso, os investidores profissionais estão frequentemente sob o escrutínio de clientes que podem exigir ações que se alinhem com o sentimento predominante do mercado, em vez de uma estratégia de investimento disciplinada.

Os investidores de varejo geralmente não têm o conhecimento do mercado ou a experiência de seus colegas profissionais, o que os torna mais suscetíveis à tomada de decisões emocionais e à mentalidade de rebanho. A proliferação da mídia social e o ciclo de notícias 24/7 dias por semana, podem ampliar essas tendências ao bombardear constantemente os investidores com informações que podem provocar medo ou ganância.

Diante desses desafios, é fundamental manter a compostura e um compromisso firme de investir com base na valorização e no preço. Os investidores devem desenvolver uma abordagem disciplinada que envolva a definição de metas de investimento claras e de longo prazo e a adesão a um plano bem elaborado.

Portanto, embora o princípio de “comprar na baixa e vender na alta” possa parecer simples, sua execução está repleta de desafios decorrentes de vieses emocionais, incertezas do mercado e da complexa dinâmica do comportamento do investidor. Tanto os investidores profissionais quanto os de varejo devem navegar por essas águas com cuidado, munidos de disciplina, pesquisa e uma estratégia de investimento clara.

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